Otimizando as páginas
Os buscadores procuram indexar todas as páginas do seu site. Uma vez submetido aos buscadores, e/ou indicado por um site (com um link em um site que já esteja indexado), o seu site será acessado de tempos em tempos pelo buscador. A freqüência depende de uma série de fatores: o período de atualização do seu site, a quantidade de informações que são modificadas, as referências para seu site na Internet, etc. Enfim, tendo seu site indexado, é hora de otimizá-lo para as buscas, aplicando na prática algumas técnicas SEO. Muita gente já usa algumas intuitivamente, mas vale a pena conferir.
Título da página. Há vários sites feitos por quem se diz profissional, onde o cara sequer troca o título da página – já vi sites de igrejas e instituições comerciais onde na página de entrada estava escrito algo como “Nova Página 1”. Pode?! Poder até pode, hehe, mas esse pobre site está perdendo espaço.
O buscador dá preferênia para termos que existam na URL da página. Depois, no título. E por fim, no corpo do texto, lendo da esquerda para a direita, e de cima para baixo. Quanto mais perto e mais relevante estiver o termo pesquisado pelo usuário do site de busca, mais chances essa página tem de subir na listagem, e aparecer na frente de outras – conquistando assim, mais cliques.
Se o usuário pesquisar por “coisa”, o endereço www.coisa.com.etc tem mais chances de aparecer primeiro do que o www.algumacoisa.com.etc, ou ainda do que o www.blablabla.com.etc/algumacoisa.html.
No título da página, deixe sempre o nome do site. Isso identifica para a pessoa a marca do site nos buscadores, além do título do navegador, seja na aba ou na barra de tarefas. Mas é importante que, além do site, você coloque em poucas palavras o título da página em si, o que tem nela. Manter todas as páginas do seu site com um título só vai contra as recomendações de SEO. Sua página pode até falar do que o usuário procurava, mas uma outra que tenha um título mais significativo – mesmo que não tenha um conteúdo tão bom quanto o seu – poderá aparecer na frente.
Por exemplo, um bom título é usar o nome do site, um separador e então o nome da página (usando palavras chave no nome, porém, bem dispostas). Algo como “Coisa – Aprenda a fazer uma coisa em casa”. Particularmente costumo usar o nome do site antes, mas fica a critério de cada um, caso queira colocar depois, fique à vontade. É importante manter o nome do site, e não se esqueça de que o título não deve conter mais do que uns 50 ou 60 caracteres. Uma porque fica ruim na barra de títulos do navegador, e outra, porque os buscadores cortarão o final na exibição dos resultados da pesquisa, afim de deixar o título numa só linha e agradável visualmente.
Quanto a palavras chaves... Muito se diz sobre isso na Internet, mas ainda assim muita gente fica confusa. Uns pensam em lotar a página de palavras chave... E alguns até fazem isso. Mas não é por aí.
“Palavras chave” aqui seriam palavras que o usuário pesquisa. Que as pessoas procuram, que têm grandes chances de serem pesquisadas. Normalmente são usadas várias palavras ou uma expressão.
É praticamente impossível que você apareça na primeira página das buscas numa pesquisa por uma palavra chave muito comum. Existem váaarios sites, e há sistemas de credibilidade e confiança para inclusão no topo dos resultados, onde os buscadores (novamente leia “Google”) dão preferência para os “privilegiados”. Estes são sites que estão com algumas vantagens reais perante os outros: mais acessos, mais páginas, mais atualizações, e principalmnte mais referências. Falarei disso já, já.
Voltando ao tema “palavras chave”. A escolha das palavras não é tão fácil como parece. Uma dica é: seja natural! Seja você. Escreva sua página descrevendo o que você faria se não pensasse num site de busca, mas pensando no usuário, num conteúdo bem elaborado. Provavelmente aí você já escreveu várias das suas palavras chave, sem pensar muito nelas. Uma dica, para aumentar as chances de subir nos resultados, é usar mais palavras semelhantes e sinônimos. Outra dica é colocá-las no título da página, dentro de um breve texto entre as tags . Mas nunca encha de palavras chaves separadas por vírgula (ou espaço, que seja) sem um contexto. Alguns buscadores detectam isso como uma forma de burlar o sistema, onde você coloca muitas palavras (que muitas vezes nem têm tanto a ver com seu site) para tentar conquistar usuários que pesquisem por qualquer uma delas.
Use sinônimos em vez de repetir palavras. Fica melhor para o usuário ler, onde evita-se repetição, e fica melhor para os resultados da busca – terão mais palavras pesquisadas que poderão levar os internautas ao seu site.
O Google tem uma ferramenta muito útil para saber qual palavra chave é melhor, digamos, as mais procuradas. Você compara várias palavras e ele exibe um gráfico comparativo. Palavras ou termos insignificantes induzem à exibição de um gráfico vazio, então se for o caso, tente outro termo.
Essa ferramenta do Google pode ser acessada em www.google.com/trends. Ela permite a filtragem por região e ano, e mostra gráficos menores (que apenas dão a noção de qual é maior ou menor, e visualmente quanto maior ou menor) para regiões (países), cidades e idiomas. Assim você pode analisar melhor antes de incluir uma ou outra palavra que julgue importante.
Lembre-se que normalmente não é uma ou outra palavra chave sozinha que vai levar o usuário ao seu site. É o conteúdo. Elabore-o da melhor forma possível.
Uma dica questionável (mas que muitos aplicam crendo nela) fica a respeito de algumas tags do HTML que dão “mais importâcia” a um trecho do texto, para os buscadores. Trata-se de usar para os títulos dentro da página, e então os buscadores saberão que aquilo é um título ou algo importante – tendo mais chances de posicionar melhor essa página do que uma outra, que tenha o mesmo texto mas sem ser como um título. Usando CSS (folhas de estilo em cascata) é fácil personalizar a formatação das tags H1 e das demais, então não tem porque achar que o texto vai ficar feio por usar essa tag de cabeçalho do HTML.
Uma dica válida é repetir o título que você colocar entre , ao menos uma vez dentro da página. Isso deixa claro que o usuário está onde queria chegar – afinal não basta ele acessar seu site clicando nos resultados da busca – para uma satisfação para ambas as partes, ele deveria permanecer por um instante na página, e se esta for muito confusa ou dificultar o acesso à informação pesquisada, ele simplesmente fecha ou volta e vai para o próximo resultado no site de busca :)
Uma dica válida é usar CSS em vez de tabelas, para a formatação da página. Com o CSS, o conteúdo da sua página pode ficar no começo da mesma (no começo do código HTML, com relação a propagandas, links de menus, etc), além de ficar mais acessível em geral (leitores de tela começam a ler da esquerda para a direita, e de cima para baixo...). Isso é o que se chama de “tableless”, “sem tabelas”, deixando as mesmas apenas para tabelas pequenas ou de dados mesmo. Muitos sites têm aderido a isso, alguns não (particularmente ainda nem toquei nos meus quanto a isso :p), mas em conjunto com várias outras coisas, acaba ajudando. Pode valer a pena na hora de criar um novo site, em vez de montar o visual da página usando uma tabela grandona, aplicar CSS. Você terá inclusive mais praticidade para reformatar ou reposicionar elementos da página, e uma facilidade incrível quando forem muitas páginas – onde bastará editar um único arquivo.
Voltando a falar de destaque, várias pessoas recomendam o uso da tag em vez da , para negrito. Isso sozinho terá bem pouca importância, mas novamente, a união faz a força – em conjunto com outras técnicas aplicadas, pode fazer alguma diferença. Realce palavras chave ou importantes do seu texto com a tag em vez de usar . Os buscadores darão mais importância para ela, sabendo que trata-se de uma palavra destacada no texto. Use para negritar algo apenas visualmente, sem relevância para as pesquisas. Um exemplo:
“Enfim, assim você pôde aprender como ganhar dinheiro sem sair de casa.”
“O carro era azul, mas estava tão sujo, que parecia cinza.”
Na primeira frase, a expressão “ganhar dinheiro” era importante para a página. Já na segunda, a palavra “azul” foi destacada para quem estava lendo, mas sem nenhum interesse que quem procurasse por “azul” caísse nessa página.
Outra coisa é sobre as imagens. Inclua sempre o parâmetro alt na tag. Esse parâmetro serve para descrever a imagem para navegadores que não exibem imagens, incluindo leitores de tela para deficientes visuais. Em SEO, pode ser aplicado para ajudar na exibição da imagem, em resultados de busca por imagens. Você sabe que os textos nas imagens não são reconhecidos digitalmente como textos e, portanto, não são indexados (os buscadores não iriam passar um OCR em cada imagem para pegar os textos nelas :p). Evite usar imagens com mutos textos nos seus sites, pois eles não serão indexados e você poderá estar perdendo a chance de aparecer nas buscas pelos termos ali escritos.
Uma diferença importante é que o “alt” descreve brevemente a imagem, e foi projetado para quando a imagem não fosse exibida. Mas por causa de um navegador que fez com que o texto do parâmetro “alt” fosse exibido ao deixar o mouse sobre a imagem (não sei se começou de fato com o Netscape como dizem, mas o IE pegou embalo nisso), muita gente o usa justamente para exibir um texto para a pessoa quando posicionar o cursor do mouse sobre a imagem. Não faça isso :) Use o alt para descrever o que é a imagem, por exemplo, “Casa dos irmãos Thomas”, ou “Foto de São Joaquim”. Se quiser que um texto seja exibido para a pessoa, coloque-o no parâmetro “title”. Ele também pode ser usado na tag , para links. Exemplo:
Dependendo do que for, escreva como texto normal, por exemplo, embaixo ou ao lado da imagem (a função de legenda não deve ser feita com o parâmetro alt).
Mudando de assunto agora... Vamos falar sobre o Google, o buscador de fato mais usado no mundo – veja nas estatísticas do seu site, boa parte das URLs de referência entre os buscadores provavelmente vêm dele :).
Ele trabalha com o conceito de importância de um site ou página. Em resumo, quanto mais links tiver para seu site em outras páginas, melhor será a posição dele no Google.
Ele entende um link da página A para a página B como um voto de confiança, da página A para com a página B. Significa que a página B merece crédito, que ela é útil, ou de confiança. Quanto mais sites votarem na página B, colocando um link para ela, deixa ao Google claro que essa página é muito importante, e deve se exibida antes das outras nos resultados da pesquisa. Quando uma página mais importante (com page rank maior) tem um link para o seu site, então esse link tem ainda mais importância do que teria se estivesse em uma página de menor page rank.
Você pode saber mais sobre o page rank aqui, no próprio Google:
http://www.google.com/technology/
Esse “voto” de confiança leva o Google a criar uma grandeza para uso próprio, que vai de 0 a 10, o chamado “Page Rank”. Quando um site começa, ele tem page rank 0. Ao se tornar conhecido (e linkado em vários outros sites), seu page rank vai aumentando. Assim como pode diminuir, caso fique esquecido. Conquistar um page rank 7 ou maior é muito difícil, pois existem páginas que são acessadas por muita, mas muita gente, como as dos grandes portais e serviços que têm vários usuários. É difícil, mas não é impossível :)
Você pode saber o page rank do seu domínio com a barra de ferramentas do Google, que pode ser instalada no IE ou no Firefox (mas não recomendo usar nenhuma barra de ferramenta em navegadores, devido a possíveis espionagens; instale-a rode-a com o Sandboxie, caso você use Windows, ou então numa máquina virtual :)
Existem alguns sites que informam o page rank do seu site de maneira não oficial, inclusive não autorizada pelo Google. Apesar de funcionarem, muitos exibem o page rank desatualizado (motivo pelo qual não vou divugar link para nenhum).
Quando você troca de domínio ou muda o endereço de páginas importantes, levará um tempo até reconquistar o page rank e os acessos de antes.
Isso é um tanto difícil de medir, e dependerá, sempre, dos termos pesquisados pelo usuário. Não adianta um site ter muitos votos de outros sites, se falar de ração de cachorro e você querer que ele apareça na pesquisa por acessórios para automóveis. A idéia é levar seu site numa boa, naturalmente, e terás o retorno certo – se merecer.
Dada a importância na posição dos resultados do Google, por meio de mais links para seu site em sites de terceiros, não precisa nem dizer que muitos “espertinhos” incluem links onde podem. Pedem troca de links com objetivos unicamente de aumentar o page rank, deixam links demasiados em comentários em sites, blogs e cia... Em fóruns diversos... E por aí vai.
Mas os buscadores são mais espertos. Eles podem detectar esses links, e não segui-los, não concedendo privilégios a determinado site só por estar linkado em outro. A chave é o parâmetro rel=”nofollow” na tag do link.
Ao inserir um link para uma referência, ou um site que você quer indicar, deixe o link normal. Mas ao comentar de um site sem importância, onde seja necessário colocar um link para ele, você pode colocar assim:
Manualmente quase ninguém faz isso, especialmente ao indicar sites úteis. Alguns sistemas implementam o parâmetro rel=”nofollow” em links enviados pelos visitantes do site, como comentários em blogs, postagens em fóruns, etc. Isso evita que pessoas do site X encham o fórum do site Y de links para o site X, com objetivos de aumentar o page rank (e nem tanto conquistar cliques dos usuários que verem a página diretamente).
Uma recomendação do Google é colocar rel=”nofollow” em links comprados. Links de anunciantes do seu site, por exemplo. Eles pagaram para estar ali, para os visitantes do seu site interessados no produto ou serviço anunciado clicarem – e não para serem mais importantes do que outros sites na web.
Dizem que o Google detecta se você trocar links com sites de troca de links com objetivo de aumentar o page rank (afinal há também a inofensiva troca de links úteis, entre amigos ou entre sites com conteúdos relacionados, que não deveria ser prejudicada). Certamente não é fácil para o Google detectar isso. Mas pode diminuir sua credibilidade com o Google, especialmente se aplicado excessivamente e em conjunto com outras táticas para tentar burlar o Google (como inserir muitas palavras chave juntas sem um contexto, ou pior, colocar muitas palavras numa área na mesma cor do fundo da página, para que não apareçam, mas sejam indexadas).
Sites que usam Flash (ou JavaScript para montar o conteúdo dinamicamente) tendem a sair perdendo legal, afinal os textos não serão indexados pelos buscadores. Evite ao máximo sites desse tipo se você quiser que ele apareça nas buscas. Mesmo se seu site for feito em Flash, e você inserir várias palavras ocultas no HTML para compensar, o Google poderá banir seu site. E para um site que está no Google, a pior coisa é sair dele!
Sites uma vez removidos do Google por vacilo do webmaster com tentativas de burlar o buscador, normalmente nunca mais podem voltar – a menos que troquem de domínio e um pouco do conteúdo.
Falando nisso, caso seu site ainda não esteja no Google, você pode adicioná-lo manualmente, em:
http://www.google.com.br/intl/pt-BR/add_url.html
Demora algumas semanas até aparecer, e depois de adicionado, o robô de busca do Google voltará de vez em quando ao seu site para ver se há algo de novo a ser incluso na base de dados.
Há serviços pagos que prometem incluir seu site no topo dos resultados das buscas, de vários portais. Cuidado, não se anime tanto assim. Normalmente são anúncios pagos, como os “links patrocinados”, usados por uma série de buscadores (Google, Yahoo! E Live/MSN – citando os mais usados aqui no Brasil). Esses anúncios aparecem destacados, ao lado ou acima dos resultados das buscas, e normalmente têm relação com o conteúdo pesquisado, realmente. Mas não é a mesma coisa. Em buscadores honestos, não se pode comprar posição nos resultados das buscas – eis um motivo de os links patrocinados serem destacados. Outros serviços pagos tentam otimizar seu site para você, prestando uma assessoria de SEO, digamos, para conquistar melhor espaço nas pesquisas, sem pagar por anúncios.
Existem muitas outras técnicas de SEO, certamente não daria para abordar num artigo todas elas. Lembre-se de que uma só não fará muita diferença, aplique várias em conjunto, e meça os resultados – mas não se afobe, especialmente se tiver acabado de criar um site. Tenha amor ao que faz, e certamente será retribuído!
Matéria extraída: http://www.guiadohardware.net/artigos/otimizando-site-buscadores/